“O Corpo é Meu”: clipe de empoderamento feminino estreia em Manaus com forte mensagem contra a violência
Nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, às 12h (horário de Manaus), foi lançado o clipe da canção “O Corpo é Meu”, da artista Joyce Cândido, composição feita em parceria com Flávio Pascarelli e Guilherme Sá. O single, lançado em junho, foi inspirado no artigo “O mito da posse: o corpo da mulher não é propriedade”, escrito pela juíza eleitoral Giselle Falcone Medina, do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas.
Arte como resistência e sensibilização
Para o desembargador Flávio Pascarelli, o artigo despertou uma reflexão sobre o poder da arte como agente de enfrentamento à violência contra a mulher. Em palavras dele, a música tinha o potencial de “levar a mensagem ao coração das pessoas”, e o clipe seria o instrumento visual para amplificar esse impacto. Pascarelli ainda destaca: “A arte não substitui políticas públicas, mas sensibiliza, provoca e cria conexões humanas que o discurso técnico nem sempre alcança”.
Vozes que ecoam a luta feminina
Para Giselle Falcone, transformar esse tema em arte é “um ato de coragem e resistência”, um gesto que “dá voz às silenciadas, transforma dor em denúncia” e simboliza “um grito coletivo que ecoa por todas nós”.
A deputada estadual Alessandra Campêlo, Procuradora Especial da Mulher na ALE-AM, reforça o papel transformador da música: “Ela toca na alma e dá voz às mulheres que são silenciadas todos os dias!”. Também parabenizou a iniciativa a ministra do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, primeira mulher a presidir essa Corte em mais de dois séculos — que ressaltou a arte como forma de confrontar a opressão de gênero e mobilizar a sociedade em busca de igualdade.
Regionalidade como um alerta global
O clipe foi produzido integralmente em Manaus, como parte do projeto Conexão Rio Manaus, em colaboração com Pontes Comunicação e Arte, Saga Publicidade e Hype Brazil. Pascarelli justificou a escolha da cidade: ela representa não só a “diversidade cultural” e a “resistência histórica” da Amazônia, mas também evidencia que a luta contra a violência é global, porém com raízes e contextos locais profundos.
Mulheres protagonizando a mensagem
A produção envolveu cerca de 60 mulheres em direção, roteiro, maquiagem, elenco e equipe técnica com o desafio de equilibrar estética e respeito ao tema, evitando sensacionalismo, enquanto mantinha a força da mensagem.
Pascarelli enfatizou sua satisfação com o resultado: a interpretação intensa de Joyce, a sensibilidade da direção e a união estética com o propósito de afirmar que “o corpo é meu” é antes de tudo “um grito de liberdade e respeito”.
fonte: blitz amazonico

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